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TL;DR
A regulamentação KYC/AML no setor imobiliário é essencial para prevenir a lavagem de dinheiro, protegendo as transações imobiliárias de atividades criminosas em um mercado global avaliado em 3,7 trilhões de dólares.
Os criminosos utilizam métodos sofisticados, como empresas fictícias, transações em dinheiro e manipulação de avaliações de propriedades, para lavar dinheiro através do setor imobiliário.
As empresas do setor imobiliário devem implementar estratégias proativas de verificação, incluindo formação contínua dos funcionários, protocolos internos e ferramentas tecnológicas avançadas de verificação de identidade.
O não cumprimento das regulamentações KYC/AML pode resultar em multas milionárias, perda de licenças e danos significativos à reputação das empresas.
A regulamentação KYC/AML no setor imobiliário tornou-se uma parte fundamental da proteção global contra a lavagem de dinheiro, transformando cada transação imobiliária em um ponto crítico de controle para prevenir crimes financeiros. Com um mercado internacional que excede os 3,7 trilhões de dólares anualmente, o setor imobiliário é o terreno ideal para criminosos que procuram maneiras de lavar o seu dinheiro.
De fato, as organizações internacionais já estão agindo para combater isso. O exemplo mais relevante é o Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI), que estabelece diretrizes que os países devem adotar para criar marcos regulatórios cada vez mais rigorosos. Internacionalmente, desde os Estados Unidos até os Emirados Árabes Unidos, os reguladores estão tentando fechar as brechas que permitiam a lavagem de dinheiro através das transações imobiliárias.
Os dados falam por si: sabia que até 90% dos casos de lavagem de dinheiro a nível global envolvem algum tipo de transação imobiliária? Esta estatística destaca a necessidade urgente de implementar protocolos robustos de verificação de identidade e checagens contra a lavagem de dinheiro em cada operação.
Regulamentos KYC (Conheça o Seu Cliente) e normativas AML (Anti-Money Laundering) no setor imobiliário representam um sistema especializado de controle, projetado para reduzir e mitigar os riscos financeiros únicos das transações imobiliárias. Ao contrário de outros setores ou indústrias, o setor imobiliário tem características próprias que o tornam especialmente vulnerável à lavagem de dinheiro. Por isso, o papel que desempenham os programas KYC na prevenção dos crimes financeiros é fundamental.
O que torna o mercado imobiliário tão atraente para os criminosos? Suas próprias complexidades e vulnerabilidades. As transações normalmente envolvem grandes somas de dinheiro, frequentemente com intermediários envolvidos, e podem incluir algumas estruturas complexas de propriedade que dificultam rastrear e conhecer a origem dos fundos utilizados nas operações imobiliárias.
Dessa forma, os criminosos aproveitam mecanismos como o uso de empresas fictícias, fracionamento da compra e venda, superavaliação ou subavaliação das propriedades, ou transações internacionais com jurisdições com regulamentações frouxas ou inexistentes.
Diante dessas necessidades complexas, são necessárias soluções à altura. Os processos KYC e AML no setor imobiliário exigem mais do que uma simples verificação de identidade. Os profissionais do setor devem realizar análises profundas, incluindo a avaliação dos beneficiários reais, criação de perfis detalhados de risco, e uma verificação exaustiva das fontes de financiamento.
Nesses casos, a monitorização contínua torna-se uma ferramenta fundamental para detectar padrões suspeitos nas transações, identificar mudanças importantes nos perfis dos clientes e monitorar aquelas operações que excedem certos limites estabelecidos para risco.
Cumprir essas regulamentações tem benefícios claros: sua implementação gera transparência no mercado, protege a reputação das instituições, e reduz os riscos relacionados a sanções institucionais. Não se trata apenas de cumprir as regras; as regulamentações KYC e AML no setor imobiliário visam construir um ecossistema seguro, onde as pessoas possam realmente confiar nas transações.
As consequências do não cumprimento das regulamentações KYC/AML podem ser devastadoras para qualquer empresa. Estamos falando tanto de sanções econômicas quanto outros tipos que podem afetar gravemente a viabilidade do negócio.
Se falarmos sobre sanções econômicas, as multas por não conformidade podem ser substanciais. Nos Estados Unidos, as multas variam entre $25.000 até valores superiores a $250.000. No Canadá, as multas podem chegar até 5 milhões de dólares canadenses, acompanhadas por penas que podem atingir até 10 anos de prisão.
Além das sanções econômicas — já dolorosas — também estamos falando sobre outros possíveis riscos legais, como perda de licenças, inabilitação ou processos judiciais — sem mencionar o grave dano reputacional associado ao envolvimento em esquemas fraudulentos relacionados à lavagem de dinheiro.
Os criminosos aproveitam-se da complexidade das transações e das brechas nas diferentes regulamentações para esconder a origem ilícita dos seus fundos ao adquirir propriedades. Vamos examinar alguns dos métodos mais comuns usados na lavagem de dinheiro através do setor imobiliário:
Empresas fictícias ou "empresas fantasma" representam uma das ferramentas mais sofisticadas usadas para lavar dinheiro através do mercado imobiliário. Essas estruturas corporativas permitem aos criminosos ocultar a verdadeira titularidade dos ativos ao criar camadas complexas que dificultam rastrear a origem real dos fundos.
As transações em dinheiro continuam sendo um dos métodos mais comuns usados para introduzir fundos ilícitos no mercado imobiliário. Grandes quantias são divididas em montantes menores para que os criminosos possam evitar os controles estabelecidos pelas autoridades reguladoras.
A superavaliação ou subavaliação intencional das propriedades é outra técnica comum usada para manipular deliberadamente o valor real da propriedade com o objetivo de mover fundos ilícitos sob o disfarce de uma transação legítima.
Os paraísos fiscais ou jurisdições com pouca ou nenhuma regulamentação são lugares ideais para operações relacionadas à lavagem de dinheiro. Os criminosos utilizam entidades financeiras localizadas nessas regiões para ocultar a verdadeira titularidade das propriedades adquiridas enquanto dificultam as investigações sobre a origem dos fundos.
As regulamentações KYC e AML no setor imobiliário variam significativamente dependendo da região onde se opera. No entanto, o objetivo permanece sempre o mesmo: combater a lavagem de dinheiro e proteger a integridade das transações imobiliárias.
Espanha tem um quadro regulatório robusto voltado para prevenir a lavagem dentro do seu mercado imobiliário. A Lei 10/2010 classifica agentes e promotores como participantes ativos na prevenção dessas atividades relacionadas à lavagem.
Esta lei — juntamente com a Diretiva (UE) 2018/843 — obriga os profissionais do mercado imobiliário a:
Aqui está como funcionam as regras em outras regiões como Estados Unidos, União Europeia (UE), Reino Unido (UK) ou Emirados Árabes Unidos (EAU):
A Rede Contra Crimes Financeiros (FinCEN) desenvolveu regras rigorosas dentro do mercado americano exigindo que profissionais do mercado façam:
As diretivas AMLD4, AMLD5 e AMLD6 criam um quadro harmonizado entre os estados-membros da UE exigindo:
Após o Brexit — o Reino Unido implementou rigorosamente sua quinta diretiva AML herdada da UE — com penalidades severas impostas por descumprimento grave!
Os EAU passaram por transformações significativas recentemente incluindo Decreto Federal nº 20/2018 estabelecendo tribunais especializados lidando diretamente casos relacionados lavagem removendo oficialmente país lista FATF Watchlist!
Os controles de Know Your Customer (KYC) e Anti-Money Laundering (AML) representam o sistema de proteção mais avançado contra crimes financeiros dentro do setor imobiliário. Neste mercado global, que movimenta bilhões de dólares anualmente, essas ferramentas tornaram-se um escudo fundamental para prevenir a lavagem de dinheiro e proteger a integridade das transações.
Assim, os controles KYC/AML fazem parte de uma estratégia integral de prevenção, que analisa cada detalhe de uma operação. O objetivo não é apenas verificar a identidade: eles buscam identificar diferentes níveis financeiros onde atividades criminosas podem estar ocultas.
Os processos de due diligence no setor imobiliário vão além da simples verificação de documentos e identidade. Trata-se de uma análise muito mais profunda e multidimensional, que examina todos os aspectos de qualquer potencial transação imobiliária.
O primeiro passo em qualquer caso é a verificação de identidade: estamos falando de um processo robusto e necessário, com verificação de documentos oficiais e reconhecimento facial. Como complemento a essas verificações, e para completar a análise, são realizados antecedentes, criam-se diferentes perfis de risco e são feitas as verificações básicas de AML Screening. Os profissionais do setor imobiliário devem realizar uma investigação profunda que contemple a origem dos fundos que serão utilizados na operação, o perfil econômico do cliente e seu histórico de transações.
Nessa situação, a monitorização contínua é um elemento fundamental. Não basta uma análise inicial; é necessária uma vigilância contínua para detectar mudanças suspeitas ou padrões de risco que permitam atualizar dinamicamente os perfis de risco dos clientes.
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As empresas do setor imobiliário devem desenvolver algumas estratégias proativas para garantir o cumprimento das normas e prevenir a lavagem de dinheiro. Falamos sobre fatores como formação dos funcionários, ter um protocolo interno e utilizar ferramentas tecnológicas que ajudem nesse processo.
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