Key takeaways (TL;DR)
2025 marca a virada do “honor system” para controles efetivos de verificação de idade nas redes sociais.
A Austrália prepara um banimento para menores de 16, o Reino Unido exige métodos “altamente eficazes” e a UE impulsiona um modelo interoperável e “privacidade em primeiro lugar”.
O melhor equilíbrio entre compliance e UX combina estimativa de idade por IA + liveness como primeira linha e fallback documental apenas quando há dúvidas.
As multas podem chegar a £18 milhões ou 10% da receita global no Reino Unido e até 6% na UE; a Austrália prevê penalidades milionárias no novo regime para <16.
As redes sociais entraram em uma fase em que a verificação de idade é obrigatória. Para plataformas de rápido crescimento e alta participação de menores, a questão já não é a conveniência de implementá-la, mas como fazê-lo com baixa fricção, cobertura global e respeito à privacidade.
Os reguladores apertaram o passo. Em 2025, a Austrália avança para um banimento de menores de 16 com inclusão por tipo de serviço; o Reino Unido exige controles “altamente eficazes”; e a União Europeia impulsiona um piloto interoperável com identidade digital e provas de idade. O resultado é um cenário em que age assurance e age verification convivem, e a estimativa de idade por IA desponta como padrão preferido pelo equilíbrio entre conformidade e conversão.
Por que a verificação de idade deixou de ser opcional
A pressão regulatória acelerou por três vetores:
- Saúde e segurança infantil
- Responsabilização das plataformas por riscos de conteúdo e design aditivo
- Harmonização internacional de padrões
Nesse contexto, os reguladores querem que as redes passem da autodeclaração (“Sim, tenho mais de XX”) para métodos verificáveis e designs adequados à idade. Na Europa, onze países pediram à Comissão “abandonar o status quo” e exigir verificação de idade efetiva, mirando uma solução interoperável — como as carteiras de identidade — e um marco comum.
Mapa regulatório 2025–2026: Austrália, Reino Unido e União Europeia
- Austrália. O governo está notificando plataformas para definir quais serviços devem proibir contas de menores de 16 anos e como aplicar. Serviços como WhatsApp, Roblox, Reddit e Discord estão no radar do regulador. A entrada em vigor é prevista para dezembro de 2025 e inclui autoavaliação e possíveis disputas sobre o alcance conforme o tipo de serviço.
- Reino Unido. O Online Safety Act (explainer oficial) exige que serviços “user-to-user” impeçam o acesso de menores a conteúdo nocivo e prevê sanções significativas por descumprimento.
- União Europeia. A Espanha e outros dez países pedem que a verificação de idade no acesso às redes sociais seja obrigatória. O objetivo é uma rede interoperável e provas de idade com preservação de privacidade, alinhadas com a EUDI Wallet e com o blueprint de age assurance da Comissão.
Obrigações por região (2025)
A verificação de idade será obrigatória em toda a UE?
Tudo indica que sim — pelo menos para as maiores redes sociais. O que ainda não está definido é como as plataformas deverão verificar os usuários. A tendência aponta para integrações modulares que suportem credenciais verificáveis (VCs) e provas de idade reutilizáveis entre serviços, com um enfoque de preservação de privacidade detalhado pela Comissão (veja o blueprint de age assurance).
Quais as implicações práticas para produto e compliance?
Para operar com segurança e cumprir as normas, as plataformas devem:
- Desenhar workflows adaptados a cada região.
- Definir limiares (13+, 16+, 18+) por produto.
- Mensurar o desempenho do fluxo de verificação (abandono, tempo de verificação etc.) e gerar relatórios prontos para auditoria regulatória.
Multas, riscos e reputação: o custo de não cumprir
Ficar parado sai caro. No Reino Unido, as multas podem chegar a £18 milhões ou 10% da receita global (o que for maior), além de bloqueio do serviço em casos graves, de acordo com o explainer oficial do Online Safety Act. Na União Europeia, sob o DSA, prevê-se até 6% do faturamento global e ordens de medidas corretivas, enquanto a Austrália prepara um regime com multas milionárias conforme entrar em vigor o ban <16 (veja a cobertura da ABC).
Para além do impacto financeiro, a exposição reputacional e o desgaste operacional (auditorias, planos de remediação, restrições) podem afetar crescimento e confiança de usuários, marcas e autoridades.
Como as redes sociais podem verificar a idade?
Antes de escolher a tecnologia, vale distinguir verificação (prova conclusiva) de asseguramento (alta probabilidade). Na prática, muitas plataformas combinam estimativa de idade por IA como primeira linha e fallback documental em casos duvidosos.
Compare os métodos na tabela a seguir.
Por que há oposição à verificação de idade nas plataformas sociais?
Os principais argumentos envolvem privacidade, precisão e inclusão:
- Privacidade e vigilância: risco de coletas massivas de dados caso a arquitetura seja centralizada.
- Vieses e precisão: em alguns modelos, o desempenho varia conforme a demografia.
- Exclusão: usuários sem documentação ou com condições de captura não ideais podem ficar de fora se só houver um método.
Essas tensões coexistem com a necessidade de reduzir danos a menores; por isso, os reguladores promovem arquiteturas que preservam a privacidade e marcos interoperáveis.
Como verificar a idade online com segurança?
Para superar a oposição existente, a verificação de idade deve seguir três princípios operacionais:
- Minimização: solicitar o mínimo de informação para provar o limiar (13+, 16+ ou 18+).
- Eliminação: políticas de retenção curtas, claras e cumpridas, além de logs para auditoria.
- Transparência: explicar o motivo da verificação, o método e as alternativas disponíveis.
Um padrão de baixa fricção — como a estimativa de idade por IA com limiares calibrados e liveness — ajuda a validar a idade sem penalizar UX e conversão.

Estimativa de idade da Didit para redes sociais
As plataformas precisam impedir o acesso indevido de menores sem transformar o cadastro em barreira. A Estimativa de Idade da Didit resolve esse equilíbrio: calcula a idade com IA a partir de um selfie (com provas de vida para evitar spoofing) e, somente quando há dúvida razoável, aciona um fallback de verificação de identidade. O resultado é um onboarding fluido para a maioria e controles sólidos para casos mais sensíveis.
Quando usar a verificação de idade da Didit:
- Durante o cadastro, como primeira linha de defesa;
- Antes do acesso a funcionalidades de maior risco, como mensagens diretas ou grupos;
- Quando a regulamentação exige comprovar limiares.
Como funciona a estimativa de idade?
- Captura do selfie em tempo real;
- A IA estima a idade e gera um score de confiança;
- Os limiares configurados determinam se aprova automaticamente, se exige fallback documental ou, sendo claramente negativa, se bloqueia.
Quer saber mais? Confira nossa documentação técnica sobre Estimativa de Idade.
5 benefícios da Estimativa de Idade da Didit para uma rede social
- Experiência sem fricção: a maioria avança com um selfie em segundos.
- Aprovação mais rápida: menos passos reduzem o abandono.
- Fallback seguro: em zonas cinzentas, a comutação automática para documento ajuda a cumprir sem punir usuários legítimos.
- Flexibilidade por mercado: configure limiares e políticas por país e faixa etária, alinhadas a mudanças regulatórias.
- Privacidade by design: usa-se o mínimo de informação para provar o limiar de idade.
Conclusão: verificar a idade nas redes sociais é imprescindível
2025 cristaliza um consenso: verificar a idade é imprescindível. A abordagem vencedora combina estimativa de idade por IA + liveness como primeira linha e fallback documental inteligente. As plataformas que adotarem workflows adaptativos e privacidade by design estarão mais bem posicionadas para cumprir sem sacrificar a experiência do usuário.
